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Conheça a síncope vasovagal, que causa perda repentina e momentânea da consciência

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O distúrbio básico na origem da síncope vasovagal é a redução súbita da oxigenação cerebral devido à diminuição do fluxo sanguíneo nessa região.

 

A síncope vasovagal ou neurocardiogênica acomete, na maioria das vezes, pessoas jovens, aparentemente normais, e que, com a recorrência dos sintomas, passam a apresentar limitações quanto às atividades de vida diária e profissional.

O tratamento convencional, aumentando a ingestão de líquidos e evitando situações desencadeantes e estressantes, e o tratamento medicamentoso, com o uso de beta-bloqueadores, fludrocortisona e inibidores de recaptação de serotonina têm grandes benefícios quando associados a treinamento físico e “tilt training” (postural).

O que é a síncope vasovagal?

“A síncope vasovagal é definida como uma perda repentina e momentânea da consciência e do tônus postural, seguida da recuperação completa e espontânea em poucos segundos. É a causa mais frequente de síncope em pessoas jovens, mas causa um abalo psicológico grande, pois restringe as atividades normais devido ao medo de perda de consciência na realização das mesmas”, explica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular que atende em São Paulo e em Campinas.

O distúrbio básico na origem da síncope é a redução súbita da oxigenação cerebral devido à diminuição do fluxo sanguíneo nessa região. São três os mecanismos que podem deflagrar, estando ou não associados, essa diminuição de fluxo:

1) Queda súbita do débito cardíaco; 

2) Queda abrupta da pressão arterial;

3) Aumento brusco da resistência vascular cerebral.

Sintomas

O reconhecimento dos pródomos é fundamental para evitar quedas. Os pródomos são sinais que a pessoa sente antes de desmaiar. Pode ser formigamento das mãos e pernas, calor no pescoço, palpitação ou náuseas.

O mecanismo clássico que descreve a síncope neurocardiogênica consiste no desenvolvimento abrupto de hipotensão e bradicardia decorrentes do aumento da atividade vagal e da diminuição da atividade simpática sobre o sistema cardiovascular, cujo principal estímulo deflagrador é a ativação de receptores sensoriais intracardíacos chamados de mecanorreceptores ou fibras C, localizados especialmente na parede ínfero-lateral do ventrículo esquerdo.

Esses mecanorreceptores são estimulados em situações onde o retorno venoso se encontra diminuído (posição ortostática) ou de hipovolemia, o que provoca contrações cardíacas com o coração relativamente mais vazio, desencadeando atividade vagal intensa, hipotensão e/ou bradicardia, com consequente perda de consciência. 

Diagnóstico 

O diagnóstico da síncope vasovagal é clínico com base na história do paciente, mas em caso de dúvidas é possível realizar o “Tilt test“: o teste de inclinação passiva que consiste na manutenção inclinada de um paciente em uma mesa de “tilt” e observação da resposta clínica com o uso ou não de medicação.

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Tratamento

Os beta-bloqueadores e a fludrocortisona podem ser usados como medicação de primeira escolha. Ambos atuam na via aferente do reflexo vasovagal.

O beta-bloqueador, por seu efeito antiadrenérgico, diminui a ativação dos mecanorreceptores miocárdicos, um dos principais mecanismos envolvidos na fisiopatologia da síncope.

A fludrocortisona é um mineralocorticóide que age não somente no aumento da volemia, como também tem ação alfa-agonista em vasos de capacitância, promovendo vasoconstrição e melhorando o retorno venoso. Ela promove supressão da atividade nervosa simpática, com redução nos níveis de norepinefrina (principalmente se associada ao uso de magnésio), diminuição da atividade do sistema renina angiotensina e aumento do hormônio natriurético atrial. Sua utilização é limitada em idosos e pacientes com hipertensão arterial.

Os inibidores de recaptação de serotonina podem ser associados ou mesmo utilizados como opção em caso de falha no tratamento com as primeiras duas medicações.

Medidas não farmacológicas são fundamentais para o tratamento da síncope vasovagal. São elas:

  • Aumento da ingestão de líquidos;
  • Evitar o estresse e a fadiga;
  • Controlar a ingestão de café;
  • Realizar atividade física. A aeróbica atenua o tônus simpático sobre o coração. Após 12 semanas de exercício físico, três vezes por semana, com 30 minutos cada gera um aumento da resistência na posição ortostática e da massa muscular nas pernas;
  • Tilt training. Fundamental para quem apresenta síncope vasovagal. A exposição prolongada do sistema cardiovascular ao estresse gravitacional (ortostático) tem um efeito terapêutico, com recondicionamento do sistema de regulação postural. O tilt training consiste na permanência em posição ortostática, encostado numa parede, com os pés afastados a uma distância de 15 centímetros da mesma, numa frequência de três sessões semanais, por um período de até 40 minutos. As sessões devem ser realizadas em ambiente tranquilo, que não ofereça risco de acidente físico, sempre supervisionado por um familiar responsável e interrompidas frente ao primeiro sintoma, devendo, nesse momento, o indivíduo assumir a posição deitada.

Importante!

A síncope vasovagal não pode ser subestimada e o tratamento deve ser continuado. Para isso, é fundamental o engajamento dos pacientes e familiares para que o tratamento não seja descontinuado ao melhorarem os sintomas.

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Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

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