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Dissecção da Aorta

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O que é dissecção da Aorta?

A dissecção é a doença mais catastrófica da Aorta. Nela ocorre uma lesão patognomônica, que é a ruptura da camada íntima, seguida pela penetração de sangue no sentido anterógrado, clivando longitudinalmente as camadas íntima e média da parede da Aorta por uma distância variável (imagem abaixo). Comumente, uma ou mais de uma ruptura no septo de dissecção permite a comunicação entre as luzes falsa e verdadeira.

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Ruptura da camada íntima e dissecção da Aorta.

 

Por que ela é tão perigosa?

Apesar dos avanços na área médica, a dissecção aguda da Aorta continua sendo uma doença letal. 21% dos pacientes com essa enfermidade morrem antes de serem admitidos em hospitais. Essa alta taxa de mortalidade demonstra a urgência do diagnóstico, para que o tratamento apropriado seja iniciado.

A mortalidade nos casos não tratados excede 22% no período de 6 horas, 50% em 24 horas e 68% na primeira semana. Além disso, a mortalidade é estimada em 1% por hora na fase aguda da doença. Quando há envolvimento da Aorta ascendente esta taxa aumenta.

Quem tem mais riscos de sofrer dissecção?

É difícil  prever a real incidência das dissecções agudas da Aorta, sobretudo devido à alta mortalidade pré-hospitalar. Alguns estudos populacionais calculam uma incidência de 3-5 dissecções agudas da Aorta para cada 100.000 indivíduos-ano.

Os homens são mais acometidos, em uma proporção de 5:1. Ocorre mais frequentemente nos afrodescendentes que nos europeus, sendo pouco comum em asiáticos. O pico de incidência para a dissecção tipo A ocorre entre 50-60 anos de idade e para o tipo B entre os 60-70 anos de idade.

As dissecções do tipo A são as mais frequentes e representam 60% dos casos. Além disso, a hipertensão é o fator de risco mais prevalente e encontra-se presente em 70-80% dos casos.

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IMPORTANTE

A dissecção aguda da Aorta apresenta um padrão cronobiológico circadiano e sazonal. De forma semelhante ao que ocorre no infarto agudo do miocárdio, na morte súbita e nos acidentes vasculares cerebrais, a dissecção se inicia com maior frequência pela manhã, entre 6-10 h, e é mais comum nas estações frias que no verão.

Quais os sintomas de uma dissecção?

A dor torácica é o sintoma mais comum, sendo descrita como “a pior dor que já sentiu” por 90% dos pacientes, sendo de início súbito e intenso. Ela também pode irradiar para as regiões interescapulares, lombar e até para os membros inferiores.

Deve-se suspeitar de dissecção da Aorta em todo paciente que apresente dor torácica de início súbito, abrupto em sua máxima intensidade.

As manifestações clínicas são diversas e frequentemente podem ser sobrepujadas por aquelas relacionadas com uma síndrome de má perfusão específica, como AVC ou isquemia mesentérica. Diante do polimorfismo dos sintomas, apenas 28% dos casos de dissecções aguda da Aorta aparecem na avaliação inicial.

Dessa forma, a suspeita inicial e a utilização de exames de imagem são fundamentais para o diagnóstico precoce.

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Quais são as opções de tratamento?

Muitos pacientes necessitam apenas de um controle rigoroso da pressão, contudo, nas fases iniciais, em terapia intensiva. Outros pacientes necessitarão de intervenção cirúrgica que OBRIGATORIAMENTE deve ser realizada por um cirurgião vascular com experiência neste tipo de tratamento.

Hoje, temos a possibilidade de realizar o tratamento endovascular que é minimamente invasivo. O princípio dessa cirurgia consiste em ocluir o óstio da dissecção da Aorta com uma endoprótese revestida.

No entanto, a literatura mostra que, quando ocorre dissecção da Aorta, existem áreas de reentrada da dissecção, normalmente próximas às artérias viscerais que mantém a luz falsa pressurizada. Isso impede a oclusão da mesma e, a curto prazo, mantém compressão sobre a luz verdadeira, comprometendo a perfusão das artérias viscerais e, a longo prazo, acarreta na dilatação da luz falsa com risco de rotura.

Devido à impossibilidade de recobrir essas áreas com endoprótese recoberta, as endopróteses não recobertas estão cumprindo esta função, pois elas remodelam a Aorta, aproximando a luz verdadeira da luz falsa e reconfigurando o mais próximo possível de uma situação normal. Sendo assim, o fluxo de sangue passa preferencialmente pela luz verdadeira e, a luz falsa, mesmo que pérvia, não é mais pressurizada, reestabelecendo o fluxo de sangue para as artérias viscerais e diminuindo a probabilidade de novas cirurgias.

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O Dr. Daniel Benitti apresenta vasta experiência no tratamento de dissecção da Aorta, com reconhecimento nacional e internacional. Ele atende em Campinas, à Rua José Paulino, 2233 – Vila Itapura, e em São Paulo, à Rua Oscar Freire, 2250 – T9/T10.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

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